5 dicas de primeiros socorros para o seu pet

Ai, ai… Alguns animais são muito travessos! Sempre correndo de um lado para o outro, pulando na mesa, descendo as escadas voando, correndo pela casa entre os móveis, enfim, sempre em busca de uma aventura!

Ter um animal brincalhão é ótimo, mas nem sempre as travessuras saem como deveriam e aí, o que fazer?

Assim como acontece com os humanos os primeiros socorros, em muitos casos, podem definir entre o agravamento de um trauma ou salvamento de uma vida.

Como fazer primeiros socorros

É sempre preciso recordar que os cães e gatos exigem cuidados específicos, portanto, proceder como seria com uma pessoa pode ser, inclusive, prejudicial ao animal. Também é importante contar com um kit de primeiros socorros exclusivo, evitando usar produtos humanos nos animais.

Cada emergência exige uma postura diferente por parte dos donos, sendo que algumas podem ser mais ou menos graves e exigir uma ida mais rápida para o veterinário, evitando que o quadro se agrave.

Ainda assim, existem algumas formas de ajudar o animal no momento do risco, mas apenas se você tiver certeza de quais são os procedimentos adequados para cada caso. Confira algumas dicas e esteja preparado para diferentes situações.

1 – Queimaduras e choques elétricos

Duas ocorrências que podem acontecer com qualquer animal são as queimaduras e os choques elétricos. Cada uma delas exige cuidados específicos.

No caso das queimaduras, o primeiro passo é fazer uma compressa fria no local da queimadura para aliviar a dor do animal. Não use pomadas que tiver em casa e leve o animal para o veterinário, preferencialmente com uma toalha molhada na área machucada. 

Para evitar esse tipo de acidente, mantenha seu melhor amigo o mais longe possível da cozinha. Não é incomum gatos que pulam no fogão ou mesmo cães mais levados que puxam panelas com alimentos ferventes para cima de si. E nem estou citando um leite fervendo que pode derramar, frituras que espirram óleo quente e outras situações bem comuns que nos deparamos ao cozinhar.

Já para situações de choque elétrico, o animal não deve ser tocado para que você não leve choque também. Tire o equipamento ou fio da tomada, interrompendo a carga elétrica e, em seguida, leve o pet para um veterinário.

Lembrando sempre que não deve haver fio desemcapado ao alcance de ninguém! Também é importante manter os animais longes da fiação comum em casa como cabo de impressoras, computador, carregadores de celular, extensão, entre outros riscos comuns. Tanto cães quantos gatos, podem querer brincar de roer esses fios.

2- Envenenamento ou intoxicação

Uma situação recorrente entre os animais é o envenenamento ou intoxicação. Os sintomas que podem indicar esse problema é a salivação ou vômito, por exemplo.

Os primeiros socorros incluem tentar identificar o que causou a intoxicação, procurando por vestígios na boca do animal ou no ambiente. Conhecendo a causa, como produto químico ou planta, deve-se levar o item ao veterinário para que seja analisado. Você pode aproveitar e conferir nesse texto alguns alimentos que são tóxicos e que você não pode oferecer ao seu cachorro de forma alguma! 

É importante não forçar o vômito no animal, pois se a ingestão for de soda cáustica, por exemplo, o refluxo poderá machucar o esôfago. Também não dê leite, pois ele pode reagir com diferentes substâncias e agravar o quadro.

Lave abundantemente a boca do animal com água, usando uma luva cirúrgica para proteção. Se estiver longe de um profissional veterinário, dê carvão ativado diluído em água ao animal, pois ele impede a absorção total da substância tóxica pelo organismo. Essa opção só é eficiente se for ministrada logo em seguida ao incidente.

3- Fraturas

As fraturas podem ser de duas formas, interna, que é quando não há rompimento da pele, e externa, quando o osso fica visível. Esse tipo de lesão pode acontecer devido um pulo, cair de mau jeito ou mesmo em caso de atropelamento.

Independente da fratura, não tente colocar o osso no lugar. Use um pedaço de madeira ou papelão para fazer uma maca e imobilizar o animal. Nesse momento, prestar os primeiros socorros pode ser mais complicado pois ele pode estar mais agressivo e tentar morder, por isso atenção redobrada.

Se a fratura causar hemorragia ou sangramento, use um pano limpo para estancar o sangue e leve o animal imediatamente ao veterinário. Em caso de atropelamento, verifique a extensão dos machucados e fraturas do animal, optando por chamar uma ambulância veterinária se o animal estiver muito ferido.

O melhor mesmo é garantir que os gatos não tenham acesso a rua e para isso telar as janelas ou muro é fundamental, no caso dos cachorros, jamais devem sair para passear sozinhos.

4- Vômito, diarreia ou feridas

Apesar de serem ocorrências mais comuns no mundo animal, essas situações também exigem preparo do dono na hora de realizar os primeiros socorros.

Tanto vômito quanto diarreia podem ser sintomas de doenças mais graves ou não. Sendo assim, observe o animal e caso não haja melhora, leve-o ao veterinário. Em ambos os casos, tentar manter o animal hidratado, é fundamental para evitar que a situação se agrave.

Já para as feridas é importante desinfetar o local que pode ter sido alvo de uma mordida, pancada ou queda. Caso o animal seja mais agressivo, opte por usar água oxigenada em vez de álcool. Se não for grave, aplique uma pomada antisséptica canina ou felina e cubra o local com gaze e esparadrapo, evitando que o animal mecha no machucado.  Se necessário, use um colar elizabetano

5- Parada cardíaca e ataque epiléptico

Duas condições mais graves e que podem ser bastante tensas para o dono são as paradas cardíacas e ataques epilépticos. No caso da parada cardíaca é indicado colocar o animal com a lateral esquerda do corpo para baixo e fazer pressão na região torácica, entre a segunda e terceira mamas.

Por se tratar de um procedimento mais grave, ligue imediatamente para o veterinário responsável e siga as instruções dele enquanto leva o animal para o consultório.

Já para animais que sofrem de ataques epilépticos é indicado que o dono tente abrir a boca do animal e inserir algo para que ele não morda a língua, mas apenas em casos de controlar a situação e ter certeza que não será mordido.

Os ataques têm duração que podem variar de 30 segundos a dois minutos, sendo fundamental levar o animal ao veterinário imediatamente após o ocorrido. Para mais detalhes sobre convulsões, acesse esse link.

Kit de primeiros socorros

Além de conhecer as técnicas de primeiros socorros para animais é importante que você tenha um kit específico para atender o animal caso seja necessário, com soro fisiológico, gaze, termômetro, luvas cirúrgicas, algodão, esparadrapo, anti séptico animal, pó hemostático e outros.

Ainda que o atendimento seja realizado corretamente e apresente bons resultados, leve o animal em seguida a um veterinário de confiança para que o caso seja tratado adequadamente e, caso necessário, haja uma investigação completa da condição do animal.

Ter um veterinário de confiança e próximo de casa é fundamental para esses casos, pois o tempo de socorro pode ser decisivo nas chances de vida do animal. Por isso, um centro veterinário para emergências ou casos de rotina, é extremamente importante.

Eu já passei por algumas com minha gatinha: uma vez ela mordeu uma abelha, teve uma feridinha nas orelhas e quando ainda estava usando um colar elizabetano, teve uma torção na patinha. Carinho e agilidade são fundamentais na hora da prestação de socorro. A Ruby ficou bem em todas essas situações, mas corremos com o atendimento.

E você, já passou por alguma situação assim? Conta pra gente aqui nos comentários! Até a próxima!

O post de hoje foi escrito em parceria com a Vet Quality SP

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