Ballu, um amigo especial

A história de hoje foi enviada através do nosso Instagram pela Juliana Lima Mattos. Não quero me alongar, então, apenas pegue um lencinho e leia esse emocionante depoimento.

Minha história é sobre o meu Ballu, um labrador misturado com boxer que nasceu na minha casa, no dia seguinte do meu aniversário (meu presente). Não podia ficar com nenhum filhote, pois já tinha 3 (um boxer e duas labradores), mas me apeguei tanto a ele que não conseguia me ver sem ele mais…

A doação de Ballu

Ballu foi doado para uma pessoa que eu conhecia e que eu teria como acompanhar seu crescimento pela rede social. Ficou duas noites na casa dessa pessoa e eu não conseguia dormia e só ficava pensando nele. As notícias que eu tinha dele era que ele estava amoado, que não queria comer e eu com o coração apertado.
Até que recebo uma mensagem “minha mãe disse que não posso ficar com ele, pois ele vai crescer demais e ela disse que vai jogar ele na rua”. Meu mundo caiu. Como pode alguém falar isso para outra pessoa?! Como ele podia falar isso, se ele foi a minha casa e viu o pai e a mãe do Ballu, esperava o quê? Que ficasse pequeno?! Depois de me recompor, pedi que ele me devolvesse pois meu namorado ficaria com ele.

Ballu foi devolvido pela adotante 

Ballu quando voltou pra casa, assim que chegou, correu em nossa direção e eu desabei. Minha vida estava de volta e o mais importante, salvo do abandono. Nunca mais tentei arrumar dono para ele e sempre falava em casa que estava procurando. Até que ele ficou grandinho e minha mãe aceitou que eu ficasse com ele. 
Ballu, quando estava com 3 anos, fugiu de casa.

A fuga de Ballu

Estava saindo para fazer prova na faculdade (faço faculdade de medicina veterinária), quando meu falecido avô falou: “Juliana, negão fugiu e não voltou até agora”, meu mundo desabou novamente. Já fazia 30 min. Meu avô, tinha 81 anos e não conseguiu ir atrás dele. Não sabia o que fazer. Eu tinha que ir fazer prova chamei minha irmã e meu namorado pra começar as buscas. Eu não tinha condição de fazer prova, mas fiz.
Dia 01 de outubro de 2015, uma quinta-feira, eu não sabia o que fazer, por onde começar e não parava de chorar. Ele saiu de casa, desceu a rua e ninguém mais o viu. Começaram os compartilhamentos no Facebook (foram mais de 10.000), Instagram, espalhar cartazes nas ruas, fazer ronda por todos os lugares… E nada.
Todo dia, vários compartilhamentos, várias ligações com pessoas tentando ajudar ou simplesmente para me dar uma força. Pessoas de outros estados estavam me ligando para me ajudar a não desistir (mesmo que nunca tenha passado isso na minha cabeça).
Passamos o meu aniversário e o aniversário dele, longe um do outro. 😢
Um dia, minha irmã recebe um telefonema de um homem (a mulher dele que viu a minha postagem e falou com ele pra ligar), ele trabalhava na fábrica na rua embaixo da minha casa, falando que lá tinha um cachorro que tinha sido resgatado pelo bombeiro nessa fábrica. Ballu desceu a rua e entrou nessa fábrica pelo portão de garagem que abre e fecha constantemente. 
Fui nessa fábrica algumas vezes, antes desse telefonema e lá me disseram que não tinha nenhum cachorro diferente lá.
Ligamos para o bombeiro, na sexta-feira, 30 de outubro de 2015 e pediram que retornasse a ligação após o feriado de 2 de novembro (segunda-feira). Então, terça-feira ligamos e realmente tinham feito o resgate de um cachorro naquela região e tinham levado ele para SUIPA.

O grande reencontro

Ligamos pra suípa e teria que ir lá reconhecer, mas só no horário de 9h até às 14h. Lá fomos nós, cedinho de quarta-feira reconhecer ele. Chegando lá, me mostraram uma foto em preto e branco. Quando vi a foto, meu namorado e minha mãe não estavam acreditando ser ele (devido à qualidade da foto e sua magreza, 7 kg mais magro), mas meu coração sabia e sentia que era ele. Comecei a chorar.
Até que pediram pra esperar um pouco que desceriam com ele para ver melhor. Longos minutos se passaram e lá vem ele, descendo com alguém (não lembro se era homem ou mulher, pois eu não via ninguém a não ser ele… ali descendo, ainda desnorteado).
Ele veio descendo, olhando pro nada, e eu desabando em lágrimas fiquei chamando “filho, filho, filho…” foi quando ele olhou pra gente e pulou.
Foram 34 dias de buscas, cada dia que passava eu perdia um pouco da esperança de encontrá-lo, mas eu não podia desistir por ele e por mim. Todas as noites eu chorava, pensado onde estava, se estava sozinho ou estava com alguém…
Ballu voltou 7kg mais magro, com um buraco nas costas de uma bicheira que havia dado (quando ele fugiu estava em tratamento pra fungo na pele, provavelmente abaixou a imunidade e abriu a ferida e pousou moscas).
Na suípa cuidaram muito bem dele, já estava sem bicheira, só estava com a ferida mas estava sendo tratada lá e eu continuei o tratamento em casa. 

Ballu voltando da SUIPA

Ah, Ballu também voltou com a mania de abrir a privada do quintal provavelmente na fábrica não estavam dando água pra ele porque ele aprendeu a fazer isso lá.
No dia 04 de Novembro, voltamos pra casa com ele e ele só queria saber de comer e dormir. Graças a Deus, vai fazer 2 anos agora e Ballu  está super bem e em casa! Minha vida esta de volta!
Acho que todo mundo que passa pelo que eu passei não pode perder nunca a fé e acreditar sempre, não importa o tempo que passe. Não desistir nunca por eles e por nós mesmo. Muita perseverança, amor, fé e respeito foi o que me dava forças todos os dias para buscar ele, além das ajudas sem essas pessoas todas que se mobilizaram eu não seria ninguém.”
Ainda estou chorando, mas preciso dizer: faça como a Juliana, escreva sua história pra gente! As 7 mais compartilhadas levam pra casa um super kit de petiscos Sanremo que você confere no final desse post aqui.

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