Como os animais nos ensinam o desapego

Dino ainda filhotinho

Quando adotei meu Dininho ele tinha 32 dias de vida. Um mini salsichinha lindo! 

Como todo filhote, o que ele via pela frente ele roía. Achei que à medida que ele fosse ficando mais velho, isso passaria. Doce ilusão! A frequência diminuiu e os motivos mudaram, mas ele continuou a “comer” tudo que achava pela frente.

Quando filhote, era tudo o que ele conseguia alcançar. Já adulto ele comia a própria cama, as almofadas de cima do sofá, os travesseiros e colchas da minha cama, além de pregos, alfinetes, parafusos, minha argola de ouro, todas as minhas havaianas. Ele fazia isso, basicamente, pra chamar minha atenção. Uma vez, cheguei em casa com a mochila da academia e já estava falando no celular. Joguei a mochila em cima da cama e abri pra tirar alguma coisa. Me distrai com o telefonema e larguei a mochila aberta em cima da cama. Foi a conta pra ele pegar minha blusa, comprada na Inglaterra em uma viagem e que eu havia usado umas duas vezes, e fez um rombo nas costas! Resultado: tive que jogar no lixo!

Uma vez, quando minha mãe ainda era viva, ela veio almoçar um domingo e deixou a bolsa aberta em cima da mesa de jantar. Ele subiu na mesa e pegou um lenço dela e fez dele pedacinhos. De outra vez, ela estava com calor e trocou a blusa que estava por uma camiseta minha. A blusa estava na mesma mesma e igual a minha, a da mochila, também ganhou um rombo nas costas e o destino foi o mesmo: o lixo! Eu tive que dar outro lenço e outra blusa!

Uma das muitas camas que ele comeu

Mas ele não subia nas camas só pra comer as coisas ou pelo menos não só pra comer travesseiros e almofadas. Uma vez subiu na cama do meu filho (que por sinal é bem alta) pra comer acarajé! É acarajé! Meu filho estava lanchando e emendada na cama tem uma bancada. Ele pos o prato ali e foi a cozinha buscar pimenta. Quando voltou, o Dino estava devorando o acarajé! De outra vez, a subida foi na cama do quartinho da área, onde ele atacou a bolsa da Zilma pra roubar um pedaço de bolo que ela ia levar pra casa.

Conheço casos piores: uma amiga tem uma da mesma raça que comeu o celular dela! Ou seja ainda saí no lucro, né?

Agora, depois q ele ficou deficiente e não consegue mais subir nas camas nem no sofá, ele ainda pega pregos e coisas que eventualmente caiam no chão. Não tem mais comido a própria cama! Não sei se passei a dar mais atenção a ele ou se ele se tornou menos carente porque tem mais atenção pelas condições dele.

Mesmo com várias coisas rasgadas, as vezes tenho saudades da agitação dele… pois hoje em dia ele pouco apronta!

E você? Também passou a desapegar dos objetos destruídos por um monstrinho devorador?

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2 Comentários

  1. Em minha casa vivem quatro gatos folgados!
    Desapeguei desde que chegaram. Se a pessoa não consegue perdoar um rasgo, um arranháo ou muitos como é o meu caso, melhor não ter companheirinho.

  2. Maria Clara

    Exatamente Marilia. Vez por outra vejo no Facebook uma coisa q ilustra bem esse nosso amor a esses bichinhos: “Gente rica tem etiqueta na roupa, Gente Feliz tem pelos nas roupas”.

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