Do mato ao luxo: conheça a história de um resgate com 4 finais felizes

Hoje eu vou contar para vocês a história da gatinha Luna e como qualquer pessoa disposta a fazer o bem, consegue.

A gente sabe do trabalho incrível que todos os protetores e ONGs de proteção animal realizam ao resgatar, cuidar e conseguir lares incríveis para esses bichinhos. Então, não vou entrar nesse mérito e vou me ater apenas aos pequenos gestos que cada um de nós pode fazer para mudar histórias e contribuir para finais felizes.

O Encontro

No dia 29 de julho desse ano, 2020, eu recebi uma ligação de uma pessoa que mora em uma comunidade com muitos terrenos vazios. Bem, ela ouviu um miadinho meio que sofrido. Havia uma gatinha tendo filhotes e ela achou que um estava preso.

Bom, eu saí correndo na hora do meu almoço pra ajudar essa mãezinha. Para vocês terem noção, eu chamei um Uber e coloquei o endereço errado. Quando vi o motorista seguindo o caminho oposto, eu já achei que estava sendo sequestrada (hahahaha), mas quem nunca, né? Enfim, me desculpei com o pobre motorista e expliquei meu desespero em chegar ao destino final.

Quando eu cheguei, vi que estavam no mato, em meio ao barro e formigas enormes já cobriam os corpinhos dos filhotinhos. Algumas horas depois, nasceram mais 2 gatinhos.

A mãezinha era boazinha, mas muito assustada. Não entendia o que estava acontecendo e tinha por volta de 6 meses de vida.

A maternidade

A gatinha deu a luz a 4 gatinhos e 2 dias depois enfrentamos um momento de dor muito grande: pela manhã, observamos que um dos bebês tinha virado estrelinha.

A gatinha se mostrou uma mãe muito amorosa e zelosa. Até quando estava cansada dava banho, brincava e mimava seus bebês. A essa altura, já tínhamos improvisado um caminha com caixa de papelão, colocamos uma almofada e tecidos limpos.

2 meses depois…

Bem, 2 meses depois, os gatinhos já estavam espertinhos e a dona mãezinha já estava ensinando os pequenos a caçar. Sim, ela caçou uns gafanhotos e umas cigarras e deu pra eles, digamos, se divertirem.

Havia também um senhor gatinho que já estava de olho na mãezinha. Falamos com ela pra não dar confiança pra ele, que foi assim que ela acabou nessa situação. Mas sabe como é, né? A gente fala, mas cadê que nos ouvem? Enfim, tivemos que dar uma antecipada na castração. Apesar de boa mãe, ela já estava querendo sair para dar umas voltinhas.

No meio disso tudo, 2 filhotinhos contrairam uma infecção no olho. Acho que pelo mato ou barro, não sei. O veterinário disse que é assim que muitos filhotes nessa situação acabam cegos. Mas o destino desses aqui, já estava sendo cuidado.

Encontrando um adotante

A gente sabia que ia ser difícil separar a mãe dos filhotinhos, mas separar os bebês, nossa! Foi a pior parte! Mas era necessário que fossem separados. Melhor do que ficarem juntos na rua, certo?

Para começar, eu cadastrei a mãe e os filhotinhos aqui no site do Amigo Não se Compra. Se você estiver procurando lar para um bichinho, pode entrar e ver como fiz. Mas em suma, eu coloquei muitas fotos para ir atualizando, pois os bebês crescem rápido. Também fiz uma descrição detalhada e deixei meus contatos atualizados.

Outra coisa que fiz, foi enviar para TODOS os amigos no WhatsApp. Mesmo os que moram em outros estados, pois muitos têm amigos aqui no Rio, que é onde moro, e ao compartilhar aumentariam as chances de adoção dos gatinhos.

As redes sociais não ficaram de fora. Todos os dias eu fiz stories dos gatinhos e postei muitos vídeos fofos. Muitos amigos repostaram em suas redes sociais também.

Usei grupos do Facebook direcionados para esse fim também. Mudei até a foto do perfil de algumas redes sociais.

Deu tudo certo

Desde a sua primeira semana de vida, o Pipoca já tinha uma família o aguardando. Todos esperaram pacientemente o desmame para que ele pudesse ir saudável para sua casa nova. Hoje o Pipoca se chama Tom, tem pai, mãe e irmãos humanos.

A Pérola, que agora se chama Pérola Marie, sempre foi uma gatinha muito carinhosa, mas ao contrário do Pipoca, era introspectiva e tímida. Quase não brincava e ficava muito tempo no cantinho dela. Mas tudo mudou na nova casa. Ganhou brinquedos, caminha, atenção exclusiva, enfim, vai ser filha única, então acho que isso já resume bem o quanto esta sendo mimada e amada, ne?

Malu é a dona da casa! Ela foi adotada já com uma missão: fazer companhia para um outro gatinho que perdeu sua grande amiga, partiu de velhice mesmo. Sem sua amiga, Magrelo, que é bem gordinho, diga-se de passagem, andava triste e cabisbaixo. Malu chegou e em menos de uma semana, já dormem juntos e dividem os brinquedos. Sim, só tenho fotos dela dormindo, porque acordada esta pulado em alguma coisa, então fica tudo tremido, rs.

Luna teve uma vida difícil! Só ela sabe o que passou enquanto viveu pelas ruas. Com 6 meses, já estava na primeira gravidez. E todo mundo sabe o quanto é difícil doar um bichinho mais velho e que já teve filhotes. Mas Luna teve muita sorte! Uma amiga viu minhas postagens e compartilhou. Outra amiga dela viu a Luna e seu filho se apaixonou pelos olhos azuis dessa guria. Eles ainda aguardaram a revisão da cirurgia da castração e fizeram questão de ficar com ela, mesmo enquanto ainda precisava de algumas medicações.

Luna é sem dúvida uma gatinha muito especial que vai ficar pra sempre no meu coração. Todos, na verdade, mas ela trouxe ao mundo essas delicinhas que mesmo longe ainda amo.

Confesso que foi muito dolorido separá-los. Chorei, não dormi a noite, mas falava para mim mesma que era preciso. Estão bem, felizes, saudáveis e com famílias incríveis!

Ganhei 4 novos amigos também! Nos falamos pelo WhatsApp, me mandam fotos e vídeos deles. É muito bom poder, mesmo que de longe, acompanhar seu desenvolvimento. Ainda choro, vez ou outra, vendo os vídeos deles. Mas hoje é choro de alegria. Sou chorona, fazer o quê?

Todos os que compartilharam, indicaram interessados para eu entrevistar, que me ajudaram de forma direta e indireta, vocês também são responsáveis por esses finais felizes. Compartilhar as fotos e publicações, ajudar com um medicamento, indicar locais seguros que realizam castração, tudo isso são coisas que só parecem pequenos atos, mas podem mudar toda a tragetória de uma vida.

Bom, essa foi minha história de final feliz. Você também tem alguma para contar? Deixa aqui nos comentários!

Até a próxima! 😻

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6 Comentários

  1. Adriana Santos

    Eu preciso de ajuda pois o meu pai tem uma labradora que esta sempre presa no canil e nao tem a atencao que necessita estou estremamente estressada com isto eu quero que ela tenha uma vida melhor, ela nao é amiga de outros cães, mas gosta muito de pessoas muito provavelmente nao é amiga de cães porque nunca teve contacto com nenhum.
    Ajudem me por favor.

    • Natalia - Amigo Não se Compra

      oi Adriana, que triste! Busque ajuda de um adestrador. Provavelmente ela tem dificuldade com outros cães justamente por viver presa. Um adestrador poderá orientá-la sobre como socializar a cachorrinha com os demais. Não deixe de tentar isso antes de doar a cachorrinha, dê essa chance a ela!

  2. Luz

    Olá pessoal,venho a dois anos muito triste,peguei meu Romeu com 30 días de nascido,a dona da mãe dele estava dando 6 cachorrinhos machos e fêmeas,ela postou no face e eu corrir para sua casa buscar um para dá de presente ao meu esposo…tudo ótimo nos apaixonamos por el.so que tivemos que mudar de país começar do zero,saímos de Brasil para Chile e muito preocupada com Nosso filhote falei com uma amiga para encontrar alguém para eu deixar Romeu lá,pois jamais o abandonaria e assim foi,resultado o povo que recebeu ele ano passado quando eu falei que,quando voltar vou buscar ele,simplesmente foram grosseiros e falaran que não vão devolver não sei o que fazer além de sofrer e chorar vendo as fotos,os vídeos dele é pergunto eles podem fazer isso com nos? Porque sei que Romeu não esqueceu da gente…O que devo fazer?

    • cyntia

      eu sou visitante do site, conheci hoje e me encantei com a proposta. vi seu depoimento e gostaria de lhe falar algo. eu imagino a sua dor só de imaginar a possibilidade de ceder o animal para essa família, para mim seria pessimo também. mas imagino que se a familia nao quer mais entregar foi porque eles tambem se apegaram ao animal e com certeza o animal também ama a eles. a separação de animal a essa nova familia também irá causar mais dor tanto ao animal como a familia atual. lembre-se que foram eles que o acolheram na sua ida ao Chile e com certeza devem ter cudiado muto bem dele. se vc perceber algum tipo de maus tratos eu sugiro que lute por ele mas se nao eu sugiro mesmo imaginando sua dor, que vc deixe ele com eles. há tantos outros animais precisando de um lar amoroso como o seu. eu sei que essa decisão é extremamente dificil mas é justa. é só minha opinião. espero que o desfecho dessa historia seja bom para todos. deus te abencoe.

    • Natalia - Amigo Não se Compra

      oi Franco, primeiramente, busque castrar sua gatinha o quanto antes! Isso é importantíssimo para que você não tenha outra ninhada em breve. Só com a castração conseguiremos diminuir o número de animais abandonados.

      Quanto aos filhotinhos que já nasceram, você pode divulgá-los para adoção na nossa plataforma http://www.amigonaosecompra.com.br

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