Gato preto dá azar?

A crendice popular de que gatos pretos trazem azar é um preconceito sem motivo, que prejudica a adoção desses animais. Conheça hoje a história do Biju e da Tapioca, meus dois peludinhos que, como todo gato preto, são totalmente do bem!

Apto

Há dois anos morando sozinha, comecei a sentir falta de companhia em casa e por isso pensei em adotar um gatinho. Na mesma época, meu namorado encontrou um filhotinho na rua e, já sabendo do meu desejo, o levou direto para minha casa. Como ele era todo pretinho, dei-lhe o nome de Biju (um crepe feito de tapioca, uma farinha bem branquinha).

Como trabalho o dia todo, sempre pensei em ter mais de um gatinho, que fariam companhia um ao outro. (Quando gatos se dão bem, viram os melhores amigos.) Mas o apartamento era pequeno… O Biju tinha toda a fofura de um filhote, mas em alguns momentos mordia e arranhava muito. Preocupada, pesquisei sobre o assunto em páginas sobre pets na internet. Lá encontrei a explicação: gatos filhotes gostam de brincar de “luta” e, se não brincam com os irmãozinhos quando pequenos, não aprendem a medir a força das mordidas e arranhões. Assim, a solução era simples: adotar mais um gato!

Biju filhote (10)Procurei o futuro companheiro do Biju nas redes sociais, em páginas sobre doações de animais. Logo encontrei uma pessoa que tinha achado uma ninhada inteira e estava doando os filhotinhos. Fiz contato e perguntei se ela tinha uma fêmea preta. Ela disse que sim, mas tinha outros filhotes mais “bonitinhos”. Eu insisti: “Quero a fêmea preta, pois ela será a última que você vai conseguir doar.” Eu sabia que, assim como os gatos pretos, fêmeas às vezes não são benvindas, pois dão crias. (É por isso que toda gata deve ser esterilizada!) Antes de a nova gatinha chegar, já tinha nome: para fazer o par perfeito, ela se chamaria Tapioca.

Assim como nós, o Biju logo se apaixonou pela Tapioca. Com ela, ele aprendeu que, se for agressivo, a brincadeira acaba. Junto dela, também pôde gastar energia correndo e brincando enquanto eu ficava fora. Logo ele se tornou muito mais calmo e cuidadoso com as pessoas. (E, claro, os dois foram castrados, pois não há razão em aumentar a população de gatos no mundo, enquanto os abrigos estão cheios de animais para adoção.)

AbracoA Tapioca e o Biju são muito companheiros; em qualquer cômodo onde eu estiver, eles estão lá, deitadinhos em algum canto. Adoram brincar juntos de “pique-pega”, luta e agarrar barbante. Também gostam de subir nos armários e ficar observando tudo lá de cima. Muitas vezes dormem abraçadinhos. Ah, e ajudam no banho um do outro: um lambe a parte do corpo que o outro não alcança. Aliás, são super limpinhos e nunca fazem suas necessidades fora do lugar. Assim como as crianças, às vezes também fazem o que não devem, como arranhar o sofá ou subir na pia da cozinha. Como são muito parecidos, várias vezes um leva bronca no lugar do outro!

Meus dois gatinhos pretos não me deram azar nenhum. Também não me deram sorte. O que eles me dão todos os dias é muita alegria, além de afeição e companheirismo.Biju e MailinEsta sou eu, humana de estimação do casal de gatinhos pretos Tapioca e Biju

Texto da Mailin Kelbert.

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