Gatos não são cachorros pequenos

Eureca! A descoberta do século foi feita: gato não é cachorro!

Eu sei, eu sei… a frase parece óbvia, mas tem muita gente aí esperando que gatos se comportem como cachorros e depois se arrependendo por ter adotado um bichano. Pra conhecer melhor as diferenças, vamos conhecer um pouco mais do mundo felino?

Como uma legítima humana de estimação da gatinha Ruby, posso garantir certas afirmações:

Conhecendo o felino

Como eles nascem!

Você também pode assistir na página do You Tube clicando aqui.

Ok, não nascem assim. Mas valeu a pena o play, não valeu? 😻

Quando o gato é filhotinho, tende a ser muito brincalhão e gosta de interagir bastante. Corre atrás de bolinhas de papel, acha que uma fitinha caída no chão é uma cobra e trava altas batalhas com ela. Mas conforme vão crescendo, essa interação lúdica com objetos, brinquedos e humanos tendem a diminuir. Muito ao contrário dos cachorros que, tanto filhotinhos quanto adultos, costumam ser brincalhões e interagem bastante com os donos.

Os gatos são mais “sussa”, como se diz na gíria carioca – quer dizer sossegado, tranquilo – e dormem cerca de 18 horas por dia. Ou seja, sobra mesmo pouco tempo pra interação. Prioridades, né, pessoal!

Sobre a independência felina

Gatos são muito independentes e quando eu digo independente você deve entender que:

  • Mesmo independente, ele ainda precisa de atenção e carinho mesmo que eventualmente ele finja não se interessar.

E  mais:

  • Ele não vai vir correndo toda vez que você chamar;
  • Ele sabe o próprio nome, mas só vai te atender se quiser e quando quiser;
  • Ele não vai correr atrás de bolinhas que você jogar e trazer de volta;
  • A maioria dos gatos gosta de receber carinho no seu tempo felino e não no seu tempo humano;
  • Ele não se sente confortável com roupinhas e sapatinhos;
  • Provavelmente não será um bom companheiro de viagens;
  • Não vai sair para passear de coleira na praça, calçadão ou condomínio com você. Alguns gatos se adaptam bem a andar de coleira: a minha, por exemplo, passeia super tranquila, mas só no quintal. Basta eu abrir o portão que ela volta correndo para dentro de casa. Respeite a natureza do gato. Se ele se adaptar, ok. Caso contrário, não insista. Em tempo: consulte um adestrador para mais dicas de como passear com um gato na coleira.

Bem, lendo assim parece que ter um gato é meio sem graça, né? Puxa vida, não dá nem pra se divertir com ele…

Quem tem um gato precisa estar preparado para outras aventuras!

É uma delícia quando eles querem nos agradar e vêm fazer um carinho. Eles deitam no colo, fazem rom rom… Ah, gente! Ron rom é tudo de bom! 💜 E também fazem massagens deliciosas. É o famoso “amassa pãozinho”.

Gatos são caçadores por natureza e eles amam brincar de caçar os humanos. Aí é assim: eles ficam à espreita nas quinas das portas, esperam a gente passar, dão um bote e saem correndo pra gente correr atrás deles. Ah, isso é muito divertido! Sem ironia, é divertido demais!

Para eles continuarem brincando depois de adultos, precisam ser estimulados. Então, você deve manter alguns brinquedos em casa e brincar com eles. A gente dá algumas dicas de brinquedos caseiros aqui e aqui. Eles se engalfinham rolando no chão com um ratinho de sisal! Outra ideia é fazer um arranhador para o peludo.

Gatinhos são companheiros a seu modo

Vale muito adotar um gatinho, mas é preciso respeitar seu espírito livre!

Eu costumo dizer para minhas amigas não criarem expectativas nos boys que elas paqueram. As pessoas são o que são e não mudam porque você quer. No mesmo contexto, cada gato ou cachorro tem sua personalidade e você não molda isso, você se identifica ou não.

Como espécie, cada um tem sua característica própria e não pode ser mudada. Cachorros são cachorros. Gatos são gatos. E como indivíduos que são, cada um tem sua personalidade. Minha gatinha Ruby é meio selvagem. Uma bravinha que amo. Não gosta de muito contato, mas tem os seus momentos de carinho… Já falei sobre isso nesse post. Já a minha mãe tem um gatinho chamado Pablito que ama carinho! Adora ficar junto!

Os individuos são como são. Se você respeita isso nas pessoas, saberá respeitar nos animais. Se não respeita isso nas pessoas, é hora de respeitar, incluvise com os animais.

Você tem um cachorro e adotou um gato? Conta pra gente como foi essa experiência. O que mais notou de diferente entre um e outro e como está sendo essa aprendizagem. Vou adorar saber!

Até a próxima! 🙋‍♀️

 

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4 Comentários

  1. Raphaella

    Eu fui criada com cachorros, logo que casei não tinhamos espaço para cachorros na nossa casa pequena. Meu marido sempre amou gatos, mas minha mãe não gosta de e me ensinou a ter repulsa deles. Meu marido tentou me convencer por um longo tempo, até que recebi a foto de uma gatinha que havia sido resgata das ruas e não resisti. Ela está conosco faz 1 mês.
    Não está sendo muito fácil para mim, confesso, porque as vezes espero um comportamento canino que ela não pode corresponder. Ela é muito medrosa, então qualquer movimento brusco perto dela é motivo para ela “ligar os motores” e correr a todo vapor. Hoje aconteceu um feito que eu até chorei.
    Ela tem o hábito de me acordar pela manhã com miados só para sentar do lado do arranhador dela e fazer companhia. Quando ela me chamou essa manhã, eu levantei e fui para sala, mas ao invés dela sair correndo na minha frente, ela veio fazendo aquele oito em minhas pernas conforme eu fui andando. Coloquei ração para ela e sentei. Uns minutos depois ela subiu no meu colo por vontade própria e começou a brincar com o terço que tenho no pulso, e mesmo que eu me mexesse ela naonão saia dali.
    Estou cada dia mais amando essa experiência.

    • Fabiana Xavier

      Oi, Rapha!

      Os gatos são mesmo seres especiais, mas precisam de tempo para se acostumar com coisas novas. Eles estranham muito novos ambientes e novas companhias, mas pelo seu relato, tenho certeza que está indo tudo bem.
      Se a gatinha for filhotinha, é bem provável que seja espoleta e corra muito. Vai brincar de esconder, correr, pular e dar uns botes. Mas mesmo quando estiver crescendo, vai continuar amando vocês. <3

      Um abraço,

  2. Tatiana

    Sempre tive cachorros. E nunca entendi essa ‘febre” por gatos nos perfis de Instagram. Em junho de 2014, meu cãopanheiro de 16 anos teve de ser sacrificado. Foi muito difícil e era só voltar para casa e olhar para o cantinho vazio que era dele que corria para o meu quarto para chorar. Eu era sua tutora. Podia tirar o que fosse de sua boca sem que ele avançasse, ele me seguia para todo canto. Por fim, 4 meses depois de sua partida, um gato branco espreitou o quintal do vizinho. No dia seguinte, estava lá ainda. Em um ato falho, pulou para o quintal do outro vizinho – onde deu de cara com dois fox paulistinha bem escandalosos. Subiu correndo em uma árvore – e caiu. “Esse bicho não é de rua, é bobo demais!”, pensei, espionando da janela. Fui lá, chamei, e ela – era uma mocinha, na verdade, veio. Levei pra casa, dei banho, dei anti-pulgas, dei comida. Ela dormiu por dois dias inteiros. Achei o dono? Nada! Então levei para castrar, levei ao veterinário, dei vacina… ela ainda não tinha nome, não queria me apegar (um dos planos mais falidos da minha vida). Pois bem, no início, eu queria fazer os truques que usei no meu velhinho para que ela ficasse submissa. Eu literalmente apanhei muito até aprender os limites dela e os meus. Hoje ainda aprendo, mas não apanho mais (bom, raramente, né? rsrs). Costumo brincar que cães são como crianças: ou eles gostam ou não gostam de você. Gatos são como pessoas de 40 anos. Eles podem gostar de você, mas não será de forma efusiva ou eles podem não gostar de você, mas também não vão ficar te encurralando pelas paredes e rosnando. Uma coisa é certa: é impossível você saber como é ter um gato até você ter um gato. Porque se o gato do seu amigo for arredio, provavelmente você nem o verá durante uma visita (é o caso da minha Pitty). E se ele for muito amigável, bom, aquilo é a personalidade daquele gato específico, não quer dizer que ao adotar um também será assim. Ao fim, entendi muito mais sobre respeito, limites, carência (minha, ahahahahahaha) e sinto que tenho uma relação autêntica com a minha companheira de apê. Ela vem quando eu chamo, porque nunca a chamei sem ser para algo que não seja do interesse dela (já ela me chama para coisas que NÃO são do meu interesse, como vê-la comendo ração ou usando a caixa – mas eu vou, né? Fazer o quê?). E curioso notar que não só passei a entender os perfis de Instagram como também exibo aquela obra de arte arteira lá em casa para meio mundo.

    • Fabiana Xavier

      Olá, Tatiana!

      Eu amei o seu depoimento!!! <3 <3
      Me identifiquei em vários momentos, hahaha...
      A gente aprende muito com eles, não é verdade? A minha gata é bem bravinha e tenho aprendido muito sobre limites, paciência, enfim, super concordo que são pessoas de 40 anos! hahaha...

      Um abraço!

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